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AIDS: O Monstro Sem Rosto


Símbolo de consciência de AIDS

A epidemia do vírus mais letal da década, o HIV, surgiu e se proliferou muito rápido na década de 80 no Brasil. Derrubou economias, destruiu populações inteiras e mudou costumes, tornando o sexo algo perigoso em um momento em que a sociedade começava a se tornar livre, liberal, de aceitação e de misturas, principalmente no público jovem.


Desde sua descoberta, há 25 anos, já causou a morte de 25 milhões de pessoas, dentre eles vários grandes nomes como os cantores Cazuza, Freddie Mercury e Renato Russo, o famoso sociólogo e ativista dos direitos humano brasileiro, Betinho e seu irmão Henfil, e grandes artistas da televisão como Claudia Magno, Caique Ferreira, Wagner Bello, Sandra Bréa, entre vários outros famosos que guardamos ainda em nossas lembranças.

Cazuza e a luta contra a Aids

O vírus da AIDS, originalmente infectava apenas os primatas como o chimpanzé, que vivem vários anos com a infecção, mas foi contraído à humanos por volta de 1930, e desde então veio crescendo lentamente na África. Nos anos 70, ela chegou aos EUA e aí começou a fazer estragos.


Foi observada clinicamente pela primeira vez em 1981, nos Estados Unidos e chegou ao Brasil pouco antes. As pesquisas voltadas a este vírus preocupavam médicos devido suas complicações. As tentativas de resolver esse problema tiveram resultados inversos, a própria medicina ajudou as epidemias a se espalharem por causa das transfusões sanguíneas e o uso constante de injeções, que acabavam transmitindo ainda mais o vírus.


Uma população dizimada pelo HIV

Além do vírus, espalhava-se também boatos em relação à doença, e consequentemente, cautelas e preconceitos em exceção cresciam no país. Muita gente se recusava a apertar a mão de alguém contaminado ou ficar na mesma sala, com medo de que a doença se transmitisse pelo ar como uma gripe.

Manchete de jornal início década de 80, peste gay

As pesquisas da época apontavam que o vírus havia sido detectado inicialmente na comunidade homossexual e foi aí que a homofobia, que já era grande, propagou muito mais, em uma época de tradições fortes. Diziam que a doença tratava-se de um castigo divino aos gays, sem falar nos nomes racistas que eram dados a ela como: “peste gay”, “câncer gay”, “peste rosa”, entre outros, divulgadas inclusive nos maiores meios de comunicação, como jornais, televisão, etc. Ainda assim, diante de toda essa intolerância e enfrentando paradigmas, a comunidade homossexual se organizou, até mesmo por questão de sobrevivência, para pressionar o governo e órgãos responsáveis pela saúde pública a agirem em relação à epidemia da Aids.

O movimento gay pelo mundo contra o vírus da Aids em 1987

As populações mais afetadas eram os de baixa renda, por conta da exclusão social, cultural e econômica. O Ministério da Saúde notificou 155.590 casos de Aids entre 1980 e 1999, dos quais 13%, ou 20.064, referem-se a pessoas entre 15 e 24 anos. A faixa mais atingida, no entanto, situa-se entre os 25 e 34 anos, com 43,23% dos casos: 67.267. No entanto, levando em consideração o fato de que o portador de HIV pode viver em média 10 anos sem apresentar sintomas, o número de casos que foram contaminados entre os 15 e 24 anos pode ser elevado. Em 1989, a razão de sexos era de cerca de 6 casos de Aids no sexo masculino para cada 1 caso no sexo feminino.

Atualmente a doença é a 2ª infecciosa que mais faz vítimas no mundo presente em 40 milhões de pessoas, perdendo apenas para a Tuberculose. Mas é importante ressaltar que quem contrai o vírus HIV não necessariamente tem a doença Aids. O vírus é a porta de entrada para a doença, pois prejudica o sistema imunológico, mas a doença é caracterizada pelo desenvolvimento de doenças oportunistas, que se aproveitem da fraqueza do sistema imunológico para atacar o organismo do paciente, levando ou não a morte.

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